segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nota Final

Com o fim da unidade curricular Psicologia do Desenvolvimento, termina também, aqui o nosso blog. Após muitas horas de trabalho, esperemos ter sido (ou vir a ser) úteis e ter ajudado (ou ajudar), de alguma forma, a compreender a matéria lecionada durante este semestre, acompanhada sempre da nossa opinião acerca dos diversos assuntos abordados.

Esperamos que tenham gostado!

Até um dia! ;)

O grupo 9 de Psicologia do Desenvolvimento

Filipa Oliveira



Joana Fortuna



Liliana Teixeira



Sílvia Flórido


Tabela do Desenvolvimento Humano

Desenvolvimento Moral


A moralidade representa um conjunto de princípios ou ideais que auxiliam um sujeito a distinguir o que está certo e o que está errado e, por fim, agir em conformidade.
O raciocínio moral está relacionado com o desenvolvimento cognitivo e com a idade.
Neste campo destacam-se as teorias de Piaget e de Kohlberg que desenvolveremos de seguida.

Jean Piaget

            A teoria de Piaget enuncia que o desenvolvimento moral é alicerçado no respeito e compreensão das regras.
             Todos os estudos que Piaget realizou permitiram concluir que crianças em diferentes faixas etárias apresentam diferenças quanto ao respeito das regras, passando pela fase de heteronímia e autonomia moral.
            Na primeira fase, Heteronímia Moral, a criança obedece a regras de uma autoridade superior. Essas regras são imutáveis e sagradas e quando ocorrem infrações há punições e castigos. Nesta fase, a criança não tem em conta a intencionalidade da ação. A título de exemplo, para uma criança com moralidade heterónima sempre que uma pessoa é castigada, é porque ela fez algo de errado e por isso tem de ser punida.
            No que diz respeito à segunda fase, Autonomia Moral, o raciocínio do sujeito apoia-se no respeito mútuo e, na decisão acerca do ato (certo ou errado), já tem em conta a intencionalidade da ação.

Lawrence Kohlberg

            Kohlberg realizou estudos neste campo (desenvolvimento moral) e concluiu que a faixa etária em que a criança se encontra tem influência no tipo de raciocínio moral que possui.
            Com base na conclusão a que chegou, Kohlberg advoga que o desenvolvimento moral se desenvolve numa progressão invariável de três níveis de raciocínio moral. É de realçar que cada nível é constituído por dois estádios.
Sendo assim, a teoria de Kohlberg incorpora seis estádios que representam formas distintas de raciocínio moral.

I – Nível Pré-convencional ou pré-moral (infância)

Este nível corresponde à obediência a regras de autoridades superiores para evitar punições e castigos, ou seja, o sujeito só pensa em si próprio.
Dentro deste nível encontramos dois estádios:

  Estádio 1: Moralidade Heterónoma
As crianças só pensam nelas próprias (egocentrismo) e não querem ser apanhadas e, por isso, obedecem às regras superiores.

















Ex: O pai diz que não devo roubar porque vem o polícia e sou preso.


  Estádio 2: Individualismo, propósito e troca instrumental
Neste estádio continua bem patente o egocentrismo e o egoísmo, a criança só vai agir de determinada forma se isso a beneficiar e for de encontro aos seus interesses, ou seja, se ganhar algo com isso (recompensa).
É pertinente realçar que podem ser incluídos neste nível alguns adolescentes e delinquentes.
Ex: A Joana saiu na sexta à noite sabendo que a treinadora lhe disse que tinha de dormir cedo devido ao jogo de sábado. Eu vi que a Joana saiu e vou dizer à treinadora porque assim ela pode colocar-me no 11 titular.

II – Nível convencional (da adolescência em diante)

Este nível patenteia a fase da adolescência em que está presente a moralidade do ser “bom rapaz” não desiludir as pessoas que o rodeiam e a manutenção da ordem social.
Este nível incorpora os seguintes estádios:

  Estádio 3: Expectativas e relações interpessoais mútuas e conformidade interpessoal
Neste estádio o sujeito age com o intuito de estar à altura das expectativas das outras pessoas, tentando não desapontar ninguém. Desta forma, o indivíduo tenta parecer “boa pessoa” comportando-se em conformidade com os estereótipos sociais vigentes, tendo sempre boas intenções nas suas ações independentemente das leis.
Ex: O João joga futebol e está decidido a dedicar-se ainda mais, já que, o seu pai foi uma grande referência no futebol, e ele não quer desiludir o pai e quer que este sinta muito orgulho nele.

  Estádio 4: Sistema social e consciência
            Neste estádio está bem patente a preocupação de manter a ordem social para ser possível esta funcionar corretamente. Para tal, é necessário cumprir as leis e respeitar as convenções.
            Ex: Se toda a gente roubasse para comer, a sociedade seria um caos!
            É de maior importância referir que a maioria das pessoas permanece neste nível, não sendo capazes de avançar mais.
            Ex: O Luís teve jogo no fim de semana e foi expulso por agredir o adversário. Ele ficou muito chateado pelo árbitro lhe exibir o cartão vermelho, contudo sabia que ao tomar aquela atitude seria expulso porque a regra do jogo assim o diz.

III- Nível pós-convencional

Neste nível, as pessoas libertam-se das convenções. Representa aquilo que o Homem pode fazer para intervir na sociedade, o que pode alterar para a tornar melhor. O sujeito defende valores como a justiça, liberdade e igualdade.
Os estádios que este nível engloba são:

  Estádio 5: Contrato social
            Neste estádio o sujeito assume uma posição crítica em relação às leis e às normas do que na sua opinião não respeitam os valores universais (liberdade, igualdade, entre outros). Deste modo vai tentar mudá-las com o intuito de tornar a sociedade um lugar melhor.
            Para ele essas mudanças seriam democráticas advogando o seguinte lema:
Maior bem para o maior número de pessoas.
            Deste modo constroem-se contratos sociais constituídos por leis e normas, que têm de ser respeitadas, para ser possível um bom funcionamento da sociedade.
           
  Estádio 6: Princípios éticos universais
            Neste estádio o indivíduo tem o objetivo de mudar a sociedade apelando à revolta e a valores éticos universais como a justiça, igualdade, liberdade e respeito.
            É de salientar que os indivíduos que se situam neste estádio dão mais valor aos seus princípios do que a si mesmos.
            São exemplos deste estádio personalidades como Mandela, Luther King, Gandi, entre outros.
           
Na nossa opinião é de destacar que são raras as pessoas que atingem este patamar.

Desenvolvimento Psicossocial

Erik Erikson pode considerar-se discípulo de Freud, uma vez que a sua perspetiva foi influenciada pela próxima relação que mantinha com a família Freud. Todavia a sua teoria centra-se em aspetos psicossociais.
Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento deste autor, o desenvolvimento atravessa oito estádios, os primeiros quatro estádios são referentes ao período de bebé e da infância, um correspondente à adolescência e os últimos três ocorrem durante a idade adulta e a velhice.
É salientar que Erikson destaca o periodo da adolescência (quinto estádio) por ser a “ponte” entre a infância e a idade adulta.
Cada estádio tem contributos de grande importância para a formação da personalidade e, deste modo, torna-se fundamental atravessar todas estas etapas já que terão sempre influência mesmo depois de as ultrapassar.
A formação da identidade principia nos quatro primeiros estádios, na adolescência esta é ajustada e, posteriormente vai influenciar os derradeiros três estádios e vai evoluir cada vez mais.

1. Confiança X Desconfiança (nascimento até aos 18 meses)

Neste estádio a criança aprende a confiar e ganha segurança, ou então, pelo contrário, desenvolve medos, inseguranças e desconfianças. O relacionamento com a mãe assume um papel de elevadíssimo destaque nesta fase. Se a relação acima mencionada for boa e agradável (bastante afetiva) tem efeitos positivos (confiança em si e para com o mundo), contudo se a relação for negativa o bebé vai criar receios e desconfianças.
   

2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (18 meses aos 3 anos)

Neste período, as crianças ganham experiência através de ações de controlo como comer e ir à casa de banho.
Está bem patente a vontade de experimentar sem medo de errar e a exercitação das capacidades motoras (correr, segurar,…)
O meio tem de estimular a criança a ter autonomia nas suas ações.
Nesta fase se a criança for animada e encorajada ganha autonomia, se for vítima de extrema rigidez, vão predominar nela a vergonha e a dúvida.

3. Iniciativa X Culpa (3 aos 6 anos)

Durante este período as crianças começam a controlar o seu ambiente e já têm noção daquilo que podem e não podem fazer.
Neste estádio a criança exibe-se e toma iniciativas, desenvolvendo capacidades como, por exemplo, a imaginação e o pensamento.
Se as crianças forem reprimidas vão adquirir sentimentos de culpa e insegurança. Caso contrário sentem-se valorizadas e ganham coragem. Desta forma veem que a sua iniciativa tem uma finalidade e um propósito.


4. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 12 anos)

Nesta etapa as crianças vão ser alfabetizadas, ou seja, vão adquirir novas capacidades e competências através da aprendizagem académica e social.
Uma criança que seja autónoma, confiante, segura e que tome iniciativa, vai, mais facilmente, ter sucesso a nível escolar sentido-se capaz, bem sucedida e como consequência ter prazer no desenvolvimento do seu trabalho. Por outro lado, se a criança não possuir estas características, vai ser alvo de críticas dos seus pares e, provavelmente,  vai sentir-se inferior e não capaz, podendo acontecer bloqueios cognitivos.


5. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)

Erikson dá um destaque especial a este estádio, pois é aqui que o adolescente entende o seu papel no mundo e sua singularidade como pessoa, ou seja, vai adquirir uma identidade pessoal e psicossocial. Saliente-se que a interação social é fundamental nesta fase para o jovem perceber quem é e naquilo que se quer tornar. Ao descobrir a sua identidade vai tornar-se fiel, leal consigo próprio, e como consequência vai permitir-lhe a devoção a uma causa.


6. Intimidade X Isolamento (jovem adulto)

Neste estádio os jovens adultos procuram amor e companhia. Estabelecem-se relações duradouras com outras pessoas baseadas no compromisso e afetividade. Este terá de se  adaptar para obter o equilíbrio na relação. É de realçar que o sujeito nunca compromete a sua entidade, mas também compreende que ninguém é perfeito.
Quando o indivíduo não consegue estabelecer intimidade com ninguém, fecha-se em si próprio e cai no isolamento.


7. Produtividade X Estagnação (meia idade)

É neste estádio que ocorre a crise da meia idade.
Nesta fase o sujeito atinge o topo da vida profissional e tem uma elevada preocupação com o futuro das novas gerações. São responsáveis por valiosos contributos para a sociedade como educar e direcionar os jovens e, por outro lado, assegurar o seu bem-estar.  Esta etapa incorpora a afirmação pessoal do indivíduo, onde ele consegue fazer as mais variadas coisas. Caso os objetivos deste estádio não sejam atingidos, ocorre a estagnação do indivíduo.


8. Integridade X Desesperança (velhice)
Neste estádio os idosos fazem o balanço da sua vida, refletindo sobre ela. Caso tenha tido uma vida produtiva, cumprido grande parte dos seus desejos, olham para trás e sentem-se realizados, acabando por aceitar a idade. Caso contrário, vão lamentar-se por todos os sonhos que não realizaram e erros que cometeram, uma vez que já é tarde demais para mudar isso. Quando isto acontece os idosos podem desenvolver sentimentos de desespero.

Freud


Freud, foi um neurologista austríaco que fundou a psicanálise.
Foi através da utilização da hipnose, que Freud principiou os seus estudos. Era através desta técnica que este neurologista tratava os pacientes com histeria, todavia, posteriormente substituiu este método pela interpretação de sonhos e associações livres.
Através deste tratamento, Freud verificou a melhoria dos seus pacientes e, com base nisso, formulou a hipótese da causa da doença ser psicológica e não orgânica. Esta conclusão foi o ponto de partida para a descoberta de outros conceitos, como o de inconsciente.
Freud utilizava a psicanálise (método terapêutico que reside na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo), como tratamento de psicopatologias.
É pertinente realçar que uma das conclusões de Freud foi que os processos psíquicos inconscientes como, os desejos sexuais e recalcamentos, têm uma enorme influência no seu comportamento, personalidade e motivações.
            Em suma, para Freud o objeto de estudo é o inconsciente e este advoga que a compreensão do comportamento exige uma análise dos fenómenos psíquicos.
Com base nos seus estudos, Freud, afirma que a consciência humana divide-se em três partes: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente (divisão topográfica-1ª tópica).

É no consciente que se situam as perceções, é a zona da razão, abrangendo os raciocínios e os pensamentos que a pessoa manifesta de forma involuntária. É de realçar que o ser humano através da introspeção consegue chegar ao seu consciente.

O pré-consciente é uma zona intermédia entre o consciente e o inconsciente que funciona como filtro, selecionando o que pode, e não pode, alcançar o consciente. As pulsões inconscientes que não chegam ao consciente são recalcadas. Contém também matéria latente que vem à consciência sempre que necessário com relativa facilidade (ex: número de telemóvel, morada).
 Por fim o inconsciente, abarca os recalcamentos, os medos, pulsões inatas e agressivas e os desejos, e, por isso, esta parte da consciência é denominada como obscura. É de realçar que muitos dos desejos e pulsões são de cariz sexual e, como tal, socialmente não são aceitáveis. O desejo proveniente do inconsciente tem de ser imediatamente satisfeito e, esta parte da consciência rege-se pelo princípio do prazer. É aqui que se concretiza grande parte da nossa vida psíquica.

Freud faz uma segunda divisão, desta vez estrutural e dinâmica (2ª tópica), da consciência humana. Divide também em três partes, o id, o ego e o superego.

O id equivale ao inconsciente, é aquilo com que a criança nasce, representando as forças biológicas. Incorpora os instintos e desejos que têm de ser satisfeitos naquele momento, isto é, a gratificação tem de ser imediata. Esta estrutura rege-se, à semelhança, do inconsciente pelo prazer. É também importante destacar que o id é o reservatório da líbido e não sabe distinguir entre o bem e o mal.
O Ego forma-se a partir do id e rege-se pelo princípio da realidade. É racional e sabe aquilo que é possível ou não fazer. Funciona como mediador do id e do superego, não deixando que as pulsões ameacem o equilíbrio psíquico de um sujeito.
O Superego principia quando termina o complexo de Édipo/Electra (3/5 anos) e constrói-se a partir de questões morais/restrições provenientes dos pais, ou seja, quando são apreendidas regras de comportamento instruídas pelos pais. Deste modo, o superego é formado por valores éticos e morais como a honestidade, o dever e a responsabilidade.






















Freud, quanto ao desenvolvimento da personalidade, definiu cinco estádios psicossexuais:
                                                                                                                 
Estádio Oral: a partir do nascimento até aos 18 meses/2 anos
- Zona erógena: Boca;
- Formação do Ego;
- O bebé obtém gratificação através da amamentação, ou ao levar objetos à boca.


Estádio Anal: 2 anos até 4 anos
- Zona erógena: Região Anal;
- Desenvolvimento do Ego;
- A criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter ou ao expulsar as fezes;
- Está patente a educação para a higiene, tornando a criança mais autonoma.


Estádio Fálico: dos 3/4 anos até aos 5/6 anos
- Zona erógena: Região Genital;
- Aparecimento do complexo de Édipo e Electra (atração da criança pelo seu progenitor do sexo oposto e rivalidade com o progenitor do mesmo sexo);
- As crianças estimulam e manipulam os órgãos sexuais;
- Descoberta das diferenças sexuais entre rapazes e raparigas.


Período de Latência: dos 6 anos até aos 11/12 anos (puberdade)
- Adormecimento das pulsões sexuais (amnésia infantil);
- As crianças centram-se no seu desenvolvimento cognitivo.


Estádio Genital: <12 anos (puberdade, adolescência)
- Zona erógena: Região Genital e outras zonas erógenas, prazer envolve todo o corpo;
- Regresso da sexualidade genital ;
- Reaparecimentos do complexo de édipo/Electra guiado para a atração heterossexual por elementos não pertencentes à família.


Desenvolvimento Cognitivo

Jean Piaget estudou o desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo este autor, a inteligência constrói-se progressivamente ao longo do tempo. O ser humano vai atravessando estádios ou etapas constantes e sequenciais de ordem invariável. É de realçar que a passagem entre os diversos estádios não é brusca, acontecendo gradualmente.
É defensor de uma posição construtivista/interacionista: as estruturas do pensamento são produto de uma construção contínua do sujeito que age e interage com o meio, tendo, deste modo, um papel ativo no seu próprio desenvolvimento cognitivo.
O desenvolvimento dá-se através do equilíbrio entre a assimilação (integração de novos dados nas estruturas cognitivas já existentes) e a acomodação (adaptação/transformação dos esquemas mentais do sujeito por influência da incorporação da ação exercida pelo meio).
Para Piaget, há quatro estádios de desenvolvimento:


Estádio Sensorio-motor:

Nesta etapa, a inteligência da criança apoia-se nas capacidades percetoras de acção e dos comportamentos dos outros, ou seja, a inteligência é essencialmente sensorial e motora.
A criança tem noção de uma realidade que não depende de si e desenvolve a noção da permanência dos objetos, de causa e de espaço:
Objeto permanente (ocorre aos 9 meses) – compreensão de que os objetos existem apesar de poderem não estar à vista.
Surgimento da intencionalidade – age com o intuito de atingir um objetivo, sendo para isto necessário, a diferenciação entre causa e efeito.
Espaço contínuo (dos 18 aos 24 meses) – torna-se num espaço representativo; o espaço contém a própria criança e não existe nada além dela.
 
Tempo objetivo e representatividade – numa primeira etapa a criança passa algum tempo conectada a sensações corporais (ex: se tem fome, o tempo nunca mais passa). Todavia, perante uma sequência, começa a ter noção do tempo se for ela a principiar essa sequência.


Estádio Pré-Operatório:

Nesta fase, as ações são interiorizadas e as crianças constroem as operações.
Existem três tipos de argumentos que dão conta das conservações:
A criança está perante um pedaço de plasticina
- Identidade: Ex.: não se retirou nem se acrescentou, continua a mesma quantidade.

- Reversibilidade: Ex.: foi esticada, agora pode-se fazer a bolinha outra vez.

- Compensação: Ex.: Está esticada, parece mais comprido porém é mais fininha.

Está presente a capacidade de criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação, é o período da fantasia - Representação mental
Desabrocha o pensamento simbólico (utilizando símbolos) ou simiótica (utilizando signos), possibilitando o surgimento, por exemplo, da linguagem e da imitação. É de salientar que a criança não é capaz de fazer raciocínios lógicos.
Neste estádio, a criança acredita que a realidade é aquilo que ela quer. Esta centração impede a criança de compreender que, sobre a realidade, há outras perspetivas para além da sua - Egocentrismo intelectual
Perante um objeto/acontecimento está evidente a tendência da criança em centrar-se apenas num aspeto, não conseguindo ver duas realidades em simultâneo- Incapacidade de Descentração
Os objetos existem para a criança caso sirvam para algo e em função da utilização que a criança lhes dá.
As crianças centram-se nos estados presentes e não nos estados de transformação.



Finalmente, nesta etapa, a criança é capaz de substituir um objeto/acontecimento por uma representação. Isto só é possível devido ao pensamento simbólico característico deste estádio.



Estádio das Operações Concretas:

Neste estádio, ocorre a passagem das operações pré operatórias para as operações lógicas (formas de transformação).
Desta forma, impera o pensamento lógico e a criança desenvolve conceitos e tem a capacidade de realizar operações mentais.
Ocorre o desenvolvimento da noção de conservação da matéria sólida e líquida e, posteriormente, do peso e volume e conceitos de espaço e tempo:
  Física: Substância (7anos); Peso (8/9 anos); Volume (10/11 anos)

  Espaciais: Comprimento, Superfície, Volume espacial






       Há também o desenvolvimento dos conceitos de número e lógica, tornado possível a realização de Operações lógico matemáticas com quantidades descontínuas.
A criança já é capaz de fazer classificações e seriações:
Classificação: Assimila objetos consoante as suas parecenças, agrupa objetos em função de qualquer semelhança, formando subconjuntos e constrói classificações hierárquicas.
Seriação: ou seja, agrupamento de relações. Não consegue construir uma série escalada - ausência de seriação.
Nesta fase a quantidade é avaliada pelo comprimento.


          
  Estádio das Operações Formais:

            Do ponto de vista da capacidade de pensar, o pensamento não se cinge apenas a “saber” o objeto, mas sim a pensar o objeto. Isto acontece quando o objeto é apreendido e faz parte do pensamento. Está bem patente um desenvolvimento no uso da lógica dedutiva e indutiva.
Nesta etapa a criança Já resolve problemas, já opera sem o suporte concreto, isto é, realiza operações formais. Coloca mentalmente as hipóteses, deduzindo as consequências (raciocínio hipotético-dedutivo).
Compreende que para além da sua perspetiva, os outros podem ter posições diferentes, contudo pensa que as suas ideias são as melhores e podem resolver todos os problemas (Egocentrismo intelectual).






Em suma, Piaget defendia que as crianças pensam e raciocinam de maneira distinta consoante o estádio de desenvolvimento onde se encontram. As crianças da mesma faixa etária cometem os mesmo erros pois raciocinam e conectam com o mundo de forma idêntica.