segunda-feira, 4 de junho de 2012

Freud


Freud, foi um neurologista austríaco que fundou a psicanálise.
Foi através da utilização da hipnose, que Freud principiou os seus estudos. Era através desta técnica que este neurologista tratava os pacientes com histeria, todavia, posteriormente substituiu este método pela interpretação de sonhos e associações livres.
Através deste tratamento, Freud verificou a melhoria dos seus pacientes e, com base nisso, formulou a hipótese da causa da doença ser psicológica e não orgânica. Esta conclusão foi o ponto de partida para a descoberta de outros conceitos, como o de inconsciente.
Freud utilizava a psicanálise (método terapêutico que reside na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo), como tratamento de psicopatologias.
É pertinente realçar que uma das conclusões de Freud foi que os processos psíquicos inconscientes como, os desejos sexuais e recalcamentos, têm uma enorme influência no seu comportamento, personalidade e motivações.
            Em suma, para Freud o objeto de estudo é o inconsciente e este advoga que a compreensão do comportamento exige uma análise dos fenómenos psíquicos.
Com base nos seus estudos, Freud, afirma que a consciência humana divide-se em três partes: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente (divisão topográfica-1ª tópica).

É no consciente que se situam as perceções, é a zona da razão, abrangendo os raciocínios e os pensamentos que a pessoa manifesta de forma involuntária. É de realçar que o ser humano através da introspeção consegue chegar ao seu consciente.

O pré-consciente é uma zona intermédia entre o consciente e o inconsciente que funciona como filtro, selecionando o que pode, e não pode, alcançar o consciente. As pulsões inconscientes que não chegam ao consciente são recalcadas. Contém também matéria latente que vem à consciência sempre que necessário com relativa facilidade (ex: número de telemóvel, morada).
 Por fim o inconsciente, abarca os recalcamentos, os medos, pulsões inatas e agressivas e os desejos, e, por isso, esta parte da consciência é denominada como obscura. É de realçar que muitos dos desejos e pulsões são de cariz sexual e, como tal, socialmente não são aceitáveis. O desejo proveniente do inconsciente tem de ser imediatamente satisfeito e, esta parte da consciência rege-se pelo princípio do prazer. É aqui que se concretiza grande parte da nossa vida psíquica.

Freud faz uma segunda divisão, desta vez estrutural e dinâmica (2ª tópica), da consciência humana. Divide também em três partes, o id, o ego e o superego.

O id equivale ao inconsciente, é aquilo com que a criança nasce, representando as forças biológicas. Incorpora os instintos e desejos que têm de ser satisfeitos naquele momento, isto é, a gratificação tem de ser imediata. Esta estrutura rege-se, à semelhança, do inconsciente pelo prazer. É também importante destacar que o id é o reservatório da líbido e não sabe distinguir entre o bem e o mal.
O Ego forma-se a partir do id e rege-se pelo princípio da realidade. É racional e sabe aquilo que é possível ou não fazer. Funciona como mediador do id e do superego, não deixando que as pulsões ameacem o equilíbrio psíquico de um sujeito.
O Superego principia quando termina o complexo de Édipo/Electra (3/5 anos) e constrói-se a partir de questões morais/restrições provenientes dos pais, ou seja, quando são apreendidas regras de comportamento instruídas pelos pais. Deste modo, o superego é formado por valores éticos e morais como a honestidade, o dever e a responsabilidade.






















Freud, quanto ao desenvolvimento da personalidade, definiu cinco estádios psicossexuais:
                                                                                                                 
Estádio Oral: a partir do nascimento até aos 18 meses/2 anos
- Zona erógena: Boca;
- Formação do Ego;
- O bebé obtém gratificação através da amamentação, ou ao levar objetos à boca.


Estádio Anal: 2 anos até 4 anos
- Zona erógena: Região Anal;
- Desenvolvimento do Ego;
- A criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter ou ao expulsar as fezes;
- Está patente a educação para a higiene, tornando a criança mais autonoma.


Estádio Fálico: dos 3/4 anos até aos 5/6 anos
- Zona erógena: Região Genital;
- Aparecimento do complexo de Édipo e Electra (atração da criança pelo seu progenitor do sexo oposto e rivalidade com o progenitor do mesmo sexo);
- As crianças estimulam e manipulam os órgãos sexuais;
- Descoberta das diferenças sexuais entre rapazes e raparigas.


Período de Latência: dos 6 anos até aos 11/12 anos (puberdade)
- Adormecimento das pulsões sexuais (amnésia infantil);
- As crianças centram-se no seu desenvolvimento cognitivo.


Estádio Genital: <12 anos (puberdade, adolescência)
- Zona erógena: Região Genital e outras zonas erógenas, prazer envolve todo o corpo;
- Regresso da sexualidade genital ;
- Reaparecimentos do complexo de édipo/Electra guiado para a atração heterossexual por elementos não pertencentes à família.


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